O IMPÉRIO OTOMANO

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O Império Otomano (دولت عالیه عثمانیه Devlet-i Âliye-yi Osmâniyye, em turco-otomano) foi um Estado que existiu entre 1299 e 1922 e que no seu auge compreendia a Anatólia, o Médio Oriente, parte do norte da África e do Sudeste Europeu.

Foi estabelecido por uma tribo de turcos oguzes no oeste da Anatólia e era governado pela dinastia Osman I.

Era por vezes referida em círculos diplomáticos como a da "Sublime Porta" ou simplesmente como "a Porta", devido à cerimônia de acolhimento com que o sultão agraciava os embaixadores à entrada do palácio.

Fundado por Osman I (em árabe Uthmān, de onde deriva o nome "otomano"), nos séculos XVI e XVII o império constava entre as principais potências políticas da Europa e vários países europeus temiam os avanços otomanos nos Balcãs.

No seu auge, no século XVII, o território otomano compreendia uma área de 11.955.000 km² e estendia-se desde o estreito de Gibraltar, a oeste, até o mar Cáspio e o Golfo Pérsico, a leste, e desde a fronteira com as atuais Áustria e Eslovênia, no norte, até os atuais Sudão e Iêmen, no sul.

Sua capital era a cidade de Constantinopla, tomada ao Império Bizantino em 1453.

O Império Otomano foi a única potência muçulmana a desafiar o crescente poderio da Europa Ocidental séculos XV e XIX.

Declinou marcadamente ao longo do século XIX e terminou por ser dissolvido após sua derrota na Primeira Guerra Mundial. Ao final do conflito, o governo otomano desmoronou e o seu território foi partilhado. O cerne político-geográfico do império transformou-se na República da Turquia, após a Guerra de Independência Turca.

A partir de 1517, o sultão otomano era também o Califa do Islã, e o império otomano era entre 1517 e 1922 (ou 1924) o sinônimo de Califado, o Estado Islâmico.

O auge do Império Otomano foi durante o governo de Solimão, O Magnífico, no qual seus exércitos chegaram as portas de Viena e Constantinopla foi transformada em capital cultural e política. Durante este breve período, o Califado estendia-se do Atlântico até Oceano Pacífico; do Zimbabwe até o sul dos Montes Urais; o período de máxima integração do califado.

Foi também durante o seu governo que ocorreu a Batalha de Rodes, Batalha de Tabriz, Batalha de Málaca, Batalha de Manila e o Cerco de Viena.

Como o teórico do nacionalismo Ernest Renan afirma, o Império Otomano era, em contraste com outros estados-nações (como a França, Alemanha ou Reino Unido) uma unidade política multiétnica.

Em "Qu 'est-ce qu' une nation ?", de 1882, ele afirma que "o turco, o eslavo, o grego, o arménio, o árabe, o sírio, o curdo, são tão distintos hoje como sempre foram desde o primeiro dia da conquista".


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