CHEGADA DOS VALENTINI AO BRASIL

4:08 PM





Segundo informações encontradas e embora não hajam provas ainda consistentes da data correta, do navio em que viajaram e do porto em que desembarcaram, tudo leva a crer que a família Valentini tenha desembarcado no Brasil ainda no ano de 1875.


Uma breve e necessária observação: algumas informações aquí postadas não podem ser devidamente referenciadas por não lembrar-me (infelizmente) do nome das pessoas com as quais conversei nos últimos 5 anos e que gentilmente se dispuseram me ajudar a construir o percurso da nossa família até o Brasil. Peço aos que aquí encontrarem alguma informação que me foi repassada, que entrem em contato para que os referencie de maneira justa e correta. Contato/e-mail: leilafloripa@gmail.com


Por meio de informações buscadas em livros, na internet, em sites de genealogia e em conversas com outras pessoas que trocam histórias, experiências e informações com o objetivo de encontrar seus familiares, descobri que os embarques dos italianos que emigravam na década de 1870 eram geralmente feitos nos portos franceses, principalmente no de Le Havre.




Nesta época ainda eram usados navios a vela.

No porto de Le Havre, existiam melhores condições e era exigida a presença e o embarque de um médico, pois a viagem era mais longa, já que dependiam do vento. Provavelmente por tais fatores havia uma demanda maior de passageiros nesse porto.

Também descobri que a imigração que interessou a Caxias (cidade em que os Valentini se instalaram inicialmente) iniciou-se em 1874 e com muitos Trentinos.

Os Bridi que também fazem parte da nossa árvore genealógica são também de Matarello/TN em geral. No livro "Os Povoadores da Colonia Caxias" do Frei Rovilio existem diversas informações em várias páginas, não só no índice de famílias, referentes ao período de 1883 a 1885.

Os emigrantes no geral, que vieram a partir de 1888 embarcavam via Gênova, já em navios à vapor.
Dica: É preciso pesquisar com base nas datas de nascimento dos filhos italianos e dos já brasileiros, para se estreitar a range de datas do possível embarque e desembarque.
Dica: O Livro "Vencer ou Morrer" do Grosselli tem algumas viagens de navio relatadas, das comunes de origem, dos grupos maiores e suas respectivas partidas, com listas de passageiros.


Partidas nos anos de 1875/1876/1877 no entorno de Mattarello -TN e ano da chegada de alguns Valentini emundefinedCaxias/RS:


Durante estes anos houve grande fluxo de pessoas pois os prefeitos de algumas comunes foram acusados de estar recrutando imigrantes com destino principalmente ao Brasil e de os transportarem até os portos franceses às expensas públicas.

Não existem referências ao prefeito de Mattarello TN, no entanto alguns prefeitos como os de Marco - TN Giovanni Setti assim como o prefeito de Mori - TN e Vigolo Vattaro - TN (de Madre Paulina) acompanharam colonos até Verona, para pagar-lhes a passagem até Le Havre (Segno, Prio e Dardine - TN também).

As partidas daquele porto eram sempre dia 1 e 16 do mês, no entanto o contratante Caetano Pinto já estava estabelecendo-se em Gênova em 1877.

Caetano Pinto tinha um contrato para introduzir 20.000 imigrantes somente no Rio Grande do Sul e 100.000 em todo o Brasil portanto, devia estar se valendo de tudo quanto possível para fazê-lo.

Mesmo nos dias em que Augusto Nardelli da Companhia de Navegação Trento, sediada em Verona, era interrogado pela Policia Austríaca agindo auxiliada pela Italiana, as partidas continuavam a se realizar.

A pena aos recrutadores não devia assustar pois não eram maior que 100 florins e caso não pagassem ficavam 14 dias na prisão. Como Caetano Pinto recebia mais que o dobro da passagem por cada imigrante embarcado, creio que pagava tranqüilamente pela fiança de seus recrutadores que pudessem ser presos.


Coincidências & Suposições:

Ao tentar encontrar o "fio da meada" que nos leve ao dia da chegada dos Valentini podemos traçar um roteiro com diversas famílias que chegaram em 24/12/1875 nas suas respectivas Colônias no Rio Grande do Sul, mas que provavelmente podem ter saído de Trento - TN junto com os Valentini.

Ao verificar a data de chegada dos Valentini que me interessam e cruzando com outras acho que devem ter vindo juntos, indo com suas famílias posteriormente para outras localidades. Chegando no lote próximo desta data , pois os Valentini chegaram 06/11/1875 mas creio que esta data se refira apenas à chegada no R/S, não na Policia Portuária (???).



História 1


Segundo Informações que me foram repassadas e que infelizmente não posso referenciar por não lembra-me do nome da pessoa (foram muitas as informações guardadas nos últimos anos) é tradição oral que os antigos Zanotelli de Cembra - TN chegaram antes do natal de 1875 (bate com a minha família) no barracão em Conde D'Eu mas, seguiram para linha Figueira de Mello.

Ao refazer o caminho deles supõem-se que meus Bridi e Valentini vieram juntos indo parar em outras localidades.

"Em 1875 tendo perdido 5 dos 6 filhos, Francesco Zanotelli, resolve emigar com o único filho, provavelmente por causa da pelegra, doença que se desenvolve devido a dieta do milho.

Obtém o passaporte azul nº 5.395 em Trento, em 29-10-1875 data em que renúncia a cidadania Austríaca.

Ainda segundo essas informações, no dia 07 de novembro de 1875 em Mattarello/TN, 3 policiais foram ameaçados por pessoas que ao sairem de uma taberna aos gritos de "Viva América" entraram em confronto com policiais.

Mais de cem pessoas se reuniram em frente a casa do prefeito de Mattarello - TN que dissuadiu os homens de agredir os policiais. Foram presos na ocasião, dois dos principais incitadores da revolta, Domenico Zanella que dizia não ter medo, nem de dois, nem de dez policiais e também o açougueiro de Mattarello Domenico Buratti.

Cerca de 150 pessoas que decidiram partir no dia 10 de novembro de 1875 para a América não se sentiam mais no dever de respeitar as autoridades, fora os que partiam ilegalmente, sem passaportes".



Voltando aos Zanotelli:


"Nos primeiros dias de Novembro descem de Trento a Verona de trem. Ali pernoitam como faziam os trentinos, no dia seguinte segue de trem até Milão, dali passam a fronteira da França, vão a Modane, depois para Paris e finalmente ao porto de Le Havre".

Como os embarques eram geralmente feitos no 1º e 15º dias, provavelmente embarcaram dia 15-11-1875 (data que deve constar o desembarque no Rio erroneamente) no navio francês Rivadávia.

Dia 10-12-1875 já estavam no Rio de Janeiro (provável outra data em que conste o desembarque no Rio, no caso a correta), como consta no carimbo da polícia do Rio.

Devido a febre amarela que infestava o Rio de Janeiro na época, devem ter ficado pouco tempo na Ilha das Flores, seguindo logo para o Rio Grande do Sul.

Entrando no Rio Grande do Sul, permanecendo emundefinedPortoundefinedAlegre menos de uma semana, dirigiram-se logo em pequenas embarcações a vapor até São Sebastião do Caí.

De vapor iam até São Sebastião do Caí, depois até Monte
negro e enfim, os colonos tomavam a estrada ou a picada que de Maratá ia até o Rio das Antas, Estrada dos Tropeiros, e a pé subiam a serra até Conde D'Eu onde chegaram antes do Natal de 1875.


Cálculo de tempo de todo o percurso: 1 mês e 8 dias até o lote.


A única informação obtida e que apresenta alguma data de chegada da nossa família ao Brasil encontra-se no livro do Frei Rovílio Costa “Os Povoadores da Colônia Caxias”, editado pela EST, nas páginas 50 e 491:

“VALENTINI Giovanni, de 51 anos (*1824), casado com Maria Dalprà, de 37 anos (*1838), ele de Mattarello - TN, chegaram a 06-11-1875 com os filhos: Giovanni Battista, de 10 anos (1865); Domenico, 9 anos (*1866); Maria, 5 anos (*1870); Domenica, 7 anos (*1868), Beniamino, 2 anos (*1873) e Giacinto Severino, 1 ano (*1874).”

*** Domenico Valentini casou-se em 15-04-1896 com Carolina Borati, em Caxias do Sul (cf. livro de casamentos da Paróquia Santa Teresa).

*** Beniamino Valentini casou-se em 28-04-1896 com Giuditta Beretta (cf. livro de casamentos da Paróquia Santa Teresa).

A família fixou-se no Travessão Trentino, lote 1, II Légua de Caxias. Terminaram de pagar o lote em 1893.

Além dessa informação, nenhuma outra foi encontrada até o momento, embora eu tenha pesquisado em diversas igrejas, órgãos e repartições públicas.

Sobre o navio que poderia tê-los trazido, levando-se em consideração as datas de chegada ao Rio Grande do Sul, poderia ser justamente o Rivadávia que aportou no Rio de Janeiro e que teve seu livro de registro de desembarque extraviado.

Talvez isso responda as inúmeras e negativas tentativas de encontrar o que busco!!!




Mapa da divisão do território em torno de Caxias/RS, em Léguas.





As colônias agrícolas do Nordeste do Rio Grande do Sul foram inicialmente divididas em léguas quadradas, linhas e travessões.

Nem todas as léguas possuíam o mesmo número de travessões, dependendo dos acidentes do terreno, visto que as divisões eram feitas de forma geral sobre os mapas, não respeitando os acidentes geográficos de grande relevo.

Esse sistema foi parcialmente alterado sendo os travessões substituídos por linhas numeradas, e as léguas, substituídas por seções.

O número médio de lotes em cada légua era de 132, enquanto o de travessões era de 32. Desta maneira, os limites de cada colônia eram demarcados pelos travessões que significavam a divisão territorial entre as diversas localidades.








Segundo Herédia (2007), "os colonos, quando chegavam à colônia, podiam escolher livremente o lote de sua preferência, pagando à vista o preço fixado segundo o regulamento da colônia.


O preço da braça quadrada nos lotes rústicos variava de 2 a 8 réis e de 10 a 80 réis para os lotes urbanos, devendo, depois de aprovado pelo Presidente da Província, ser igualmente indicado na planta da colônia.


Para os que comprassem a prazo se adicionaria o valor de 20% e o pagamento deveria ser feito em cinco prestações iguais a partir do segundo ano estabelecido. Aqueles que finalizassem seus débitos, antes do prazo final estabelecido, abatiam o valor de 6%.


Os colonos que compravam terras a prazo, recebiam títulos provisórios ou de designação de lotes e o título fosse quitado com a Fazenda Nacional e assinado pelo Presidente da Província".



5 Comentários:

Anônimo disse...

meu avô domenico vespasiani nascido em 1864 na italia e falecido no brasil no ano 1934 saiu da italia[genova] com sua esposa da mesma idade gioconda bellini.e..5filhos.naturais de santelpidio pescorocchiano rieti queria saber que igreja matris é desse lugar onome do santo padroeiro e..como conseguir atestado de nascimento dos meus avós obrigada dalvavespaziani@hotmail.com

soraya disse...

meu avô domenico vespasiani veio de campania santelpidio parece que nasceu na calabria não tenho certeza meu pai eu sei pietro vespasiani nasceu em pescorocchiano . faleceu no brasil em 1980. vieram como imigranti em 1902 depois foram para italia e voltaram em 1911. deixaram minha tia filippa que teve filha caterina. gostaria de saber alguma coisa da minha familia na italia [vespasiani]obrigada. dalvavespaziani@hotmail.com

Ligia disse...

Será q faço parte desta família?

Unknown disse...

Tenho pouquíssimo conhecimento sobre minha família valentini
Sei apenas q vieram tbm da Itália
Gostaria muito de saber mais
Ou quem sabe de formar minha árvore genealógica

Unknown disse...

Tenho pouquíssimo conhecimento sobre minha família valentini
Sei apenas q vieram tbm da Itália
Gostaria muito de saber mais
Ou quem sabe de formar minha árvore genealógica

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